Sexo frágil?!
Vivemos sim, numa sociedade machista e hipócrita, como o próprio texto diz, onde a maioria dos homens não libertou ainda do tão obsoleto jargão “terra de cabra macho, sim senhor.” Esqueceram que, enquanto se acham o centro das atenções, observando apenas o seu próprio umbigo, nós mulheres, de mansinho, fomos conquistando um lugar ao sol, onde somente estrelas como nós pudessem brilhar intensamente. Estamos ai, nos mais diversos setores sociais, políticos e econômicos e, acreditem, dando conta do recado.
Sou professora, como todos sabem e o artigo serviu-me de instrumento a mais, em sala de aula como reflexão e conseqüentemente debate. Comecei a aula, falando sobre o quão importante era esse dia e em seguida li o texto. Os alunos(machos) como sempre, olhavam para os outros de soslaio, com sorrisos irônicos como se tivessem a discordar de tudo aquilo. Conseqüência de uma cultura machista impregnada.Para enfatizar e polemizar ainda mais o momento, soltei o verbo: Somos felizardas e privilegiadas por ter um dia só nosso. Foi quando o inusitado apareceu, lá no fundão do lado esquerdo da sala. Quem é professor sabe bem o que é fundão e seus adjetivos. São criaturas extremamente inteligentes, mas que levam o estudo a brincadeiras, que gostam de ficar ali mesmo, bem no fundo da sala a observar, fofocar, debater quando provocados, e um deles me solta a seguinte: Professora concordo contigo quando diz que só vocês tem um dia no ano, enquanto nós homens temos 364 dias. Tive que me conter para não soltar uma gargalhada, manter a postura, é o ócio do ofício. Ah alunos, vocês sempre nos surpreendem!
Agora sozinha posso me extravasar, ao som das minhas gargalhadas.
Parabéns Ed, o texto está à altura da nossa alma feminina!
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